segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

VENHA O TEU REINO - Já mais ainda não

Pr Rovanildo

venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; - Mateus 6:10



O reino de Deus é um dos assuntos mais abrangentes e complexos das escrituras, ele já começa a ser visto no antigo testamento, mas no novo ele é mencionado mais vezes e de forma mais variada.

A dificuldade do tema começa com a própria palavra reino nas páginas do novo testamento. O termo vem do grego βασιλεια, que em poucas passagens falam de território, como o Reino Unido ou o principado de Mônaco, na maioria das vezes que ela ocorre no Novo Testamento ela fala de reino de Deus e expressões sinônimas como reino do Pai, Reino de Cristo ou simplesmente o Reino, e dizem respeito ao governo, o domínio e a soberania de Deus. Vemos, então, que o Reino de Deus não é, necessariamente, um lugar geográfico, mas o ambiente do soberano domínio do Senhor.

A segunda dificuldade é a abrangência do Reino de Deus, ele é mostrado tanto com aspectos presentes, o reino que já está, como em aspectos futuros, o reino que ainda virá. Também ele se mostra através da vontade secreta de Deus para o mundo e sua história, bem como naquela vontade revelada para que a cumpramos. Para entendermos, minimamente, o assunto, precisamos ver, então, três aspectos do Reino de Deus, sendo os dois primeiros referentes ao reino presente e o último ao reino no futuro, são eles: 1. a divina providencia; 2. a igreja e missões; 3. a escatologia


1. A DIVINA PROVIDENCIA
É muito comum que o SENHOR seja apresentado nas escrituras, especialmente nos salmos, assentado num trono, sendo chamado de rei. Salmos 103:19 fala muito bem, ainda que resumidamente sobre essa majestade soberana de Deus: Nos céus, o Senhor estabeleceu o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.

A soberania de Deus nas escrituras é absoluta, nada foge do seu domínio, Ele faz tudo o que quer (Salmos 135:6 Tudo o que agrada ao Senhor, ele o faz, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.), e nada do Ele não queira acontecerá. Jó, depois de todo o seu sofrimento, perdendo sua saúde, seu prestígio, seus bens e até vendo a morte dos seus filhos, não murmurou mas questionou muito ao Senhor, no final do seu livro ele reconhece que tudo aquilo fora desígnio de Deus, e nada pode impedir sua vontade, por isso disse: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Jó 42:2
Em Daniel 4:35 há uma fortíssima declaração sobre esse governo de Deus, mesmo sobre as ações e circunstancias humanas: Todos os moradores da terra são considerados como nada, e o Altíssimo faz o que quer com o exército do céu e com os moradores da terra. Não há quem possa deter a sua mão, nem questionar o que ele faz.”

Quando ouvimos sobre isso somos, quase imediatamente, levados a pensar nas tragédias, sejam as naturais, como o Tsunami do oceânico índico, em 2004, quando cerca de 230 mil pessoas foram mortas, bem como nas tragédias humanas, como o holocausto judeu, produzido pelos nazistas, com cerca de 5 milhões de mortos, entre tantos outros exemplos que poderíamos dar. Deus tinha o controle de tudo? Onde estava Ele nessas tragédias?

No mesmo lugar de sempre, sentado no trono de sua soberania.

Chamamos de Providencia Divina o governo de Deus sobre todos e todas as circunstancias, boas ou ruins. Deus tem um aspecto secreto de sua vontade para todo o mundo e cada pessoa em particular, ninguém, a não ser Ele, sabe do que vai acontecer amanhã, e Ele o sabe porque planejou assim.

Chegamos aqui num ponto nevrálgico, a saber Deus e a existência do mal. Como explicar que um Deus bondoso coexista com tanta tragédia? A Bíblia não responde isso, apenas diz que Deus é bom e amoroso (1 João 4. 8), não causa mal (Tiago 1. 13), mas que nada foge ao seu controle (Jó 42:2). Devemos ver essa relação com dois trilhos de um trem, que correm paralelos, mas nunca se encontram. Deixemos isso na caixa dos assuntos inexplicáveis, não reveladas pelo Senhor a nós e creiamos e vivamos aquilo que Ele nos revelou em sua palavra, como está escrito em Deuteronômio 29:29 As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.

2. A IGREJA E MISSÕES
Já no antigo testamento, vemos o Senhor como soberano sobre tudo e todos (o governo providencial), mas tinha um povo de sua possessão, Israel. Se sobre todo o mundo estava o governo providencial de Deus, pela sua vontade secreta, sobre esse povo o governo se dava pela sua vontade revelada, na lei do Senhor. No Antigo Testamento, porém, há a promessa do Rei que viria e estabeleceria essa vontade revelada do Senhor para todo o mundo (O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Gênesis 49:10). São fartos os textos que profetizam a vinda de Jesus como Rei dos reis, tão abundantes que falta tempo para citar aqui. Vindo ele inauguraria um outro aspecto do Reino onde essa vontade especial, revelada nas escrituras, se estabeleceria.

De fato, quando Jesus chega, ele diz: Arrependam-se, porque está próximo o Reino dos Céus. Mateus 3:2. Entenda-se próximo aqui como está junto, vizinho, ou seja, o reina chega quando o Rei, Jesus, chega, como também escreveu Lucas. Nem dirão: “Ele está aqui!” Ou: “Lá está ele!” Porque o Reino de Deus está entre vocês. (Lucas 17:21). Jesus então Jesus diz que Ele que veio pregar o evangelho do Reino (Jesus, porém, lhes disse: — É necessário que eu anuncie o evangelho do Reino de Deus também nas outras cidades, pois é para isso que fui enviado. Lucas 4:43)

Por pregar o reino, os judeus se revoltaram contra Jesus, e em conluio com o Romanos os levam a cruz. No interrogatório, feito por Poncio Pilatos, Jesus deixou claro que seu reino não era geográfico ou circunstancial. O meu Reino não é deste mundo. (João 18:36). Descobrimos, então, que Jesus reina providencialmente também, como diz Apocalipse 1. 5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra

Mas onde estaria o reino da vontade revelada do Senhor, se após pregar e fazer milagres o Senhor é morto? Veja que em Marcos 1. 15, Jesus relaciona o Reino com o Evangelho (Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho. Marcos 1:15). Por isso, depois de sua ressurreição, Ele comissionou seus discípulos a pregarem o evangelho do Reino (E será pregado este evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim. Mateus 24:14). Esse trabalho de expansão do Reino, então, é dado à igreja.

É preciso entender: A igreja não é o reino de Deus, posto que esse reino é exaustivo, providencial sobre tudo e todos, mas essa vontade especial, esse reino onde a vontade especial é estabelecida se dá quanto a igreja avança na obra da evangelização. Se o governo providencial de Deus sempre esteve presente, se o Senhor tinha um povo especial, Israel, sobre o qual governava com sua vontade especial, agora, o mesmo acontece com o novo Israel, a igreja do Senhor. Quando a igreja avança, as trevas recuam, o diabo é derrotado (Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vocês. Lucas 11:20) e as portas do inferno não resistem à vitoriosa igreja do Senhor (Mateus 16. 18).

A igreja é o povo do Reino, a nova sociedade, modelo daquilo que Deus, quer, ela existe para vier em amor e praticar o amor. A respeito disso Jesus disse que o reino chega quando esse é salvo, (Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. João 3:3). Ou seja, mas do que o domínio providencial, quando alguém se converte ele passa a fazer parte de governo especial de Deus, cujas bases estão em sua vontade revelada nas escrituras. Quando vários salvos caminham juntos, aí está a igreja, o povo do reino. Contudo, o reino não fala apenas da salvação escatológica, fala de bem-estar pessoal e social também. Paulo diz em Romanos 14:17 Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.). Esses são os valores do Reino: Justiça, paz e alegria. A igreja deve demonstrar isso e lutar para que aconteça, e, de fato, com a expansão do evangelho sobre o mundo, nesses mais de 2 mil anos, saímos de sociedades desiguais, onde a família era relegada a segundo plano, a vida humana não tinha qualquer valor, escravos eram comuns e mulheres não tinham qualquer direito, para um modelo mais justo e igualitário. Sabemos que as conquistas sociais, como direitos femininos, fim da escravatura etc foram conquistados pelos cristãos.

3. O REINO ESCATOLÓGICO
Na oração que nos ensinou Jesus disse: Venha o teu reino. Apontando para o futuro. Obviamente o governo providencial de Deus sempre esteve e sempre estará presente, que o reino especial começa com Israel e pela igreja vai se espalhando sobre o mundo, trazendo seus valores, mas falta um cumprimento final desse reino, quando essa vontade especial do Senhor será estabelecida em sua plenitude. Quando se dará?

Para explicar a chegada futura do reino, os cristãos criaram as chamadas teorias escatológicas, quem falam do estabelecimento da plena vontade e da vinda do Senhor Jesus. Essas teorias tentam interpretar o texto de apocalipse 20: 1 – 8. São quatro teorias principais. Duas milenaristas, e duas não milenaristas.

As escolas milenaristas acreditam num milênio literal, ou seja, que o Senhor reinará, literalmente, por mil anos nessa terra em alegria e paz, a partir de uma futura prisão do diabo, descritas no texto de apocalipse 20: 2.

As duas escolas milenaristas concordam que Jesus vem antes do milênio mas divergem quanto ao que chama de grande tribulação.

O pré milenistas históricos acreditam que Jesus virá depois da grande tribulação, portanto que a igreja passará por esse tempo, esse pensamento sobre o milênio e a volta de Jesus é o mais antigo que se tem notícia, embora não sistematizado como doutrina.

Os dispensacionalistas são pré tribulacionistas, ou seja, acreditam que Jesus vem antes da tribulação e arrebata a igreja.
Me parece que esses ensinos falham em dois pontos

1. Atribuir todo mal ao diabo, dizendo que sua paralização significaria paz, quando sabemos que o pecado faz com que os homens sejam maus, independente do diabo.

2. Tomar como literais textos apocalípticos que são, sabidamente, simbólicos.

As escolas não milenaristas, acertadamente, interpretam o milênio como não literal, haja vista que quando a Bíblia fala de mil anos em outros textos (Salmo 90. 4 e 2Pedro 3. 8), sempre o faz de modo figurado ou simbólico, dizendo de um longo espaço de tempo ou da eternidade. Essas escolas, porém divergem, contudo, quanto ao significado do milênio.

O pós milenistas dizem que o evangelho se expandirá de modo tal que, em algum momento, a vontade de Deus será estabelecida, os homens obedecerão a palavra do Senhor e virá um tempo de prosperidade e paz, esse tempo seria o milênio. Ao que parece, o erro aqui está em dizer que com o crescimento da igreja viria prosperidade e paz. A igreja já cresceu, se espalhou pelo mundo e os problemas continuam. Também não é correto dizer que o reino de Deus ainda não está estabelecido. Pela Divina providencia já está.

Os amelinistas dizem que esse período chamado de milênio diz respeito a era da igreja, onde ela prega. Essa era foi inaugurada no ministério de Jesus, quando ele mesmo diz que para saquear os bens de um valente é preciso amarrá-lo (Lucas 11. 15 – 22). Os despojos são as vidas. Em seu ministério terreal, especialmente em sua morte e ressurreição, Jesus amarra o diabo, e isso não significa que ele não faz mais mal, mas que agora, ele não tem mais o poder de enganar as nações, ou seja, que a palavra do Senhor que estava quase que restrita a Israel no antigo testamento, agora pode ser pregada no mundo todo e o Diabo não pode impedir o progresso do evangelho. A soltura do diabo diz respeito a uma apostasia no final dos tempos, e os que ressuscitam para fazer parte do reino, na verdade, são os salvos, que ressuscitam espiritualmente.

O reino final, com a vontade plena e perfeita do Senhor, portando, não é o que o apocalipse chama milênio, que acreditamos ser a presente era da igreja. Mas haverá um tempo, se é que pode-se chama-lo de tempo, em que não haverá mais mal, tristeza dor, a eternidade em que banido definitivamente o pecado e o diabo, só haverá paz, vão se acabar as doenças, as guerras, os desastres e a morte, foi exatamente isso que Pedro escreveu em sua segunda carta no capítulo 2 versículos 9 – 13. E Zacarias muito bem profetizou no capítulo 14 do seu livros nos versículos 1 – 11.


Confiemos plenamente no Senhor, Ele é o rei dos reis e Senhor dos senhores. Ainda que não entendamos algumas situações do agora, olhemos para ele com fé. Ele está no trono, faz tudo como lhe apraz, segundo a sua vontade e para o louvor de sua glória, e nós seus filhos estamos sob os cuidados de suas bondosas e poderosas mãos

Como igreja do Senhor, preguemos a palavra sem medo do diabo, ele está amarrado, não pode impedir o triunfo da igreja de Cristo. Espalhemos o evangelho do reino, e lutemos para que seus valores se estabeleçam nessa sociedade, afinal somos sal e luz, vivamos como Deus quer, sejamos modelo para essa sociedade que se deteriora, façamos o bem com nossas palavras, pregando a salvação e com nossas obras, vivendo como o povo do Reino.

Se não vemos ainda a vontade de Deus completamente estabelecida, se vemos mal, se parece que os maus estão triunfando, aguardemos. O dia do Senhor virá, nesse dia, Ele se sentará no trono, dará cabo de toda a maldade, depois, haverá perpetua paz para todos os que têm aqui suas vidas transformadas. Os que hoje fazem parte do povo do reino, reinarão para sempre com o Senhor.

Prossigamos.

Ele nos abençoe.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

SANTIFICADO SEU O TEU NOME - Reverencia Santidade

Pr Rovanildo


Portanto, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Mateus 6:9

Quando pensamos em nome, pensamos em pessoa, o nome de alguém é esse alguém. Nas escrituras isso não é diferente, o nome é a pessoa. Nomes são dados, sempre por superiores: pai, mãe, na Bíblia vemos também superiores modificando, dando nomes novos àqueles sobre os quais dominavam, como no caso de Daniel e seus amigos (Daniel 1. 7), também é comum ver o Senhor modificando nomes. Abrão teve seu nome modificado para Abraão, Sarai para Sara e Jacó para Israel, por exemplo.
Os nomes também podem guardar relação com as caraterísticas pessoais, especialmente quando são modificados. Jacó, o suplantador, passou parte de sua vida tramando contra seu irmão, mas, depois de se encontrar com o Senhor em Jaboque, teve seu nome, modificado pelo próprio Deus para Israel, o que luta com Deus, ou príncipe de Deus (Genesis 32. 28). Noemi, que tem por significado do nome o meu deleite, pediu para ser chamada de Mara, ou seja, amarga, por causa de tanto sofrimento que passara (Rute 1. 20).

Contudo, isso não é regra, há nomes cujo significado podem não ter qualquer relação com as características da pessoa que o leva, Judas por exemplo, é aquele que louva, mas na verdade, um dos tantos judas na Bíblia negou a Jesus.

Deus não tendo nenhum outro como superior, deu nome a si mesmo, Javé é o nome pessoal do Senhor, Esse nome parece ter origem no grau incompleto do verbo ser em Hebraico, na nossa tradução ele diz significar Eu Sou o que Sou, mas pode admitir a tradução Eu Serei o que Serei, isso fala da grande característica de Deus, Ele é o eterno, o que não tem começo, não terá fim e transcendo o tempo, o que nunca foi criado e a tudo cria, que fez tudo para si mesmo, em quem não há sombra de variação. (Tiago 1. 17).

Quando Jesus diz “Santificado seja o teu nome”, Ele está se referindo ao próprio Deus, e não, primeiramente, ao substantivo Javé, esse substantivo não tinha, nem tem razão de ser, a parte do próprio Senhor.

Mas é possível santificar a Deus? O que isso Significa?

1. A SANTIDADE DE DEUS
Essa impossibilidade de variação do Senhor chama atenção para seu atributo mais proeminente, sua santidade, como escreve o Dr J. Alec Motyer: O adjetivo mais frequentemente associado ao nome de Deus é "santo", o qual, dessa maneira, se tornou a descrição primária da natureza divina. Deus é absolutamente Santo, Tiago diz que Ele nem pode ser tentado (Tiago 1. 13), isso está de acordo com o termo para santo, no antigo testamento, quando fala de Deus, Kadoshi, apartado, separado. Dizendo de outra forma, Deus é passivamente santo, ou seja, diferente de nós, Deus não precisa se esforçar para ser santo, Ele já o é. George Thomas Manley escreveu: "Pode-se dizer que a santidade é o atributo distintivo por excelência de Deus, o resplendor de tudo que Deus é”.

2. SANTIFICANDO O NOME DE DEUS
Jesus não estava ensinando a orar pedindo que algo fosse feito para que o Senhor se tornasse mais santo, isso é impossível, Ele já é absolutamente santo, perfeito, eterno, nada pode ser acrescentado à Ele. O que Jesus estava falando era em Reverencia e Santidade para com o Deus santo. Dr Wayne Grundem, escritor de uma dos mais usados textos de teologia sistemática da atualidade, foi muito feliz em sua obra ao dizer:

Quando dizemos a oração: "Santificado seja o teu nome", como parte do Pai Nosso (Mt 6:9), estamos orando para que as pessoas falam de Deus de uma maneira que honre e refleta adequadamente seu caráter. Esta honra ao nome de Deus pode ser feita com ações, bem como em palavras, porque as nossas ações refletem o caráter do Criador, a quem servimos (Mt 5.16). Honrar o nome de Deus é, portanto, honrá-lo.

A reverencia ao nome de Deus diz respeito a adoração, a culto. É cultuando que reverenciamos, adoramos a ao Senhor. Temos que ter a consciência que o culto acontece em toda na nossa vida, em tudo que somos ou fazemos, como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 10. 31 Portanto, se vocês comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Podemos dividir nossa vida em três esferas três Individual, pública e coletiva, em cada uma delas o nome do Senhor deve ser reverenciado e nós devemos manifestá-lo com nossa vida de santidade.

2. 1 O CULTO INDIVIDUAL
O culto individual é o que chamamos de tempo devocional, que acontece quando estamos sozinhos com o Senhor em oração e adoração, é quando nos derramamos diante dEle (Mas, ao orar, entre no seu quarto e, fechada a porta, ore ao seu Pai, que está em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa. Mateus 6:6)

2.2 O CULTO PÚBLICO
É o nosso dia a dia, quando refletimos a glória de Deus para as outras pessoas, esse culto acontece quando vivemos de modo digno do Senhor, e assim refletimos sua glória (Assim brilhe também a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos céus. Mateus 5:16)

2. 3 CULTO COLETIVO
É aquele que prestamos juntos com os irmãos, é o ápice da vida de adoração, quando trazemos nossas experiencias coletivas, o que somos, e juntos vamos a presença do Senhor, é o melhor ensaio para o céu, posto que lá será culto coletivo constate e eterno.

Se no culto individual manifestando reverencia e santidade com a sinceridade de nossa coração, se no culto público, adoramos a Deus e manifestamos sua glória com nossas boas obras, ter Reverencia e Santidade no culto coletivo. Alisto seis caraterísticas de um culto santo.

• Quando se tem consciência da presença real de Deus no meio da congregação (Samo 22. 3)
• Quando há contrição e arrependimento diante do Deus Santo (Salmo 51. 17)
• Quando a adoração a Deus se dá através de Jesus (Hebreus 10. 16, 20)
• Quando a adoração é dada com vida e não apenas mecanicamente (Mateus 15. 8; João 4. 23)
• Quando os elementos constituintes da liturgia estão de acordo com o que é ordenada nas escrituras (1Corintios 14. 26)

• Quando há reverencia ao Deus Santo, presente e adorado (1Corintios 14. 40)
Porque devemos ser santos? Não seria suficiente, irmos ao culto e fazermos disso, unicamente, nossa vida religiosa?

Qual o motivo e base dessa oração de Jesus?

É preciso saber que já fomos santificados, para sempre, pelo sangue de Jesus, que nos limpou de todos os nossos pecados (1 João 1. 7), portanto, temos que manifestar no exterior o que já aconteceu no interior, devemos demonstrar na prática o que já houve espiritualmente.

Há mandamentos específicos de Santidade, por causa do Deus Santo, para serví-lo, devemos querer imitá-lo, está escrito, por exemplo, em 1 Pedro 1. 14-16 Como filhos obedientes, não vivam conforme as paixões que vocês tinham anteriormente, quando ainda estavam na ignorância. Pelo contrário, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo.”

Finalmente, o Javé, nosso Deus, mesmo disse: — “Não tome o nome do Senhor, seu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” (Deuteronômio 5:11). Santidade e reverencia, na vida devocional, nas ações e interações públicas, no culto congregacional, santo e conformado com as escrituras, nada menos do que isso é que o Senhor quer, por isso, nada menos que isso devemos dar à ele.

Ele nos abençoe.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

PAI NOSSO - A FAMÍLIA DE DEUS (Mateus 6.6)

Pr Rovanildo

Na oração, o “nosso” significa que a oração deve ser usada por uma comunidade (Randolph Tasker). Quando Jesus ensinou a dizer “Pai nosso”, Ele acentuou que essa comunidade é uma família. (da qual Deus é o Pai)Digite aqui o resumo do post Digite aqui o resto do post


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

PAI - A NOSSA FILIAÇÃO EM DEU (Mateus 6.9)

Pr Rovanildo

Logo no inicio da oração, o Senhor Jesus nos ensina como devemos nos dirigir a Deus, o Chamando de Pai, ou seja, é assim que o próprio Deus deseja que nos relacionemos com Ele, especialmente em oração Para entendermos a sublimidade dessa relação precisamos entender a diferenças entre a forma que o antigo testamento fala de Deus como pai, a diferença entre a filiação de Jesus e a nossa e, finalmente, quais são as bençãos e resultados práticos da nossa filiação divina;

 

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