sábado, 1 de março de 2008

I História do texto do Novo Testamento

Por Qustão de honestidade posto as duas correntes acerca das versões bíblicas, assim o leitor (internauta) poderá optar por a que achar mais adequada.

A Primeira é uma defesa do Textus Recptus por J. Ecob, o segundo do Texto crítico por Oscar Cullman.


Defesa do chamado Texto Recebido


VERSÕES MODERNAS E MANUSCRITOS ANTIGOS

O Senhor Jesus Cristo disse: "O céu e a terra passarão, mas as MINHAS PALAVRAS NÃO HÃO DE PASSAR" -- Mateus 24:35 (ACF)

As Versões Modernas do Novo Testamento reinvidicam os melhores e mais antigos manuscritos como autoridade para realizar um monte de omissões e mudanças. Este artigo examina a veracidade da suposição que diz -- "quanto mais antigos os manuscritos, melhores são."

As Versões Modernas, em larga escala, têm seguido o Texto Grego preparado por Westcott e Hort em 1881. O Texto da Versão Revisada de 1881 foi enormemente influenciado por estes dois estudiosos, e o Texto de Nestle é uma colação de três (3) textos: Westcott e Hort, Tischendorf e Bernhard Weiss.

Westcott e Hort reconheceram como suas supremas autoridades apenas dois (2) manuscritos: Aleph e B; estes estão entre os cinco (5) mais antigos manuscritos adotados pelas versões modernas.

HISTÓRIA DO TEXTO

Em 323 AD, Constantino tornou-se Imperador de Roma e declarou o cristianismo como a religião do estado. Antes desse tempo, durante os períodos de perseguição, os cristãos copiavam e guardavam a Bíblia arriscando as suas vidas. As Bíblias foram queimadas pelos pagãos mesmo estando sob o regime cristão.

Os mais antigos manuscritos em pergaminho do Novo Testamento [e que sobreviveram até hoje, chegando às nossas mãos] foram provavelmente escritos durante o reinado de Constantino no quarto século. Tem sido sugerido que o Códice B era uma das 50 cópias que Constantino havia feito para produzir uma Bíblia em comum, satisfazendo assim todas as facções do cristianismo. No sétimo século, as igrejas do Egito, Síria, e do norte da África foram amplamente eliminadas pela invasão maometana.

Em Roma, o latim logo tornou-se a língua sagrada e substituiu o grego nas cópias das Escrituras. Esta influência alastrou-se pelas províncias da África do Norte no império romano. No final do quarto século, Jerônimo afirmou que "havia tantos textos [isto é, conjunto de palavras, independente dos meios onde foram escritas] latinos [diferentes] quanto manuscritos [existiam]." Então foi solicitado pelo Papa Damásio (382 AD), que ele produzisse a Versão Latina oficial, que ficou conhecida como a Vulgata Latina.

O império bizantino de fala grega, preservado da invasão maometana, continuou até o século 15 (advento da imprensa). Foi aqui, aonde a língua original do Novo Testamento era falada, que Deus preservou para nós a maioria dos manuscritos gregos.

Assim como o Texto Hebraico do Velho Testamento foi preservado entre os judeus de fala hebraica, também o Texto Grego do Novo Testamento foi preservado no império bizantino de fala grega. Então o Texto Bizantino, o Texto Tradicional, -- 'A Vulgata Grega' e o Texto Recebido são termos sinônimos, cada um descrevendo o 'Verdadeiro Texto' que dominou os corações dos cristãos desde as épocas mais remotas. Este é de fato o "texto majoritário" -- o texto preservado na maioria dos manuscritos.

Em 1516 AD, a primeira edição impressa do Novo Testamento grego foi publicada por um brilhante erudito chamado Erasmo. A evidência da soberana providência de Deus foi que embora ele tenha usado apenas uns poucos manuscritos gregos, o seu texto no geral concordou com [aqueles] 90 a 95% dos 5.000 manuscritos, ou até mais, [e que, maravilhosamente, são praticamente idênticos] disponíveis hoje! Os manuscritos que ele usou foram então representantes do texto comumente aceito.

É digno de nota que, embora Erasmo tenha se correspondido com três (3) papas – Júlio II, Leo X e Adriano VI – e tenha passado algum tempo em Roma, ele não tenha usado o Códice Vaticano (B) quando compilou o primeiro texto impresso [do Novo Testamento grego]. (O Códice B foi a base prioritária usada por Westcott e Hort, cujo texto é a base para a maioria das versões modernas.)

Em 1533 Sepúlveda forneceu a Erasmo 365 textos de leitura do Códice B para mostrar a conformidade deste com a Versão Latina, e o contraste deste com o Texto Grego Comum. Fica então evidente que Erasmo não aceitou as leituras do Códice B como dignas de confiança, e é provável que ele estivesse mais familiarizado com este do que Treguelles no século dezenove.

Entre 1516 e 1526 Erasmo produziu mais quatro (4) edições do texto grego, e em 1550 Estéfano publicou um texto semelhante incorporando as valiosíssimas divisões em versículos como aparecem na Versão Autorizada (A.V.) As dez edições de Beza (1565-1611) tinham pequenas variações, e o seu texto foi reeditado mais tarde por Elzevir com mínima modificação.

As duas edições de Elzevir foram publicadas em 1624 e 1633. Esta última foi o primeiro texto a ser chamado de Texto Recebido ou Textus Receptus. Este título é proveniente da declaração de Elzevir no prefácio da edição de 1633: “Agora tendes o texto recebido por todos.” Entretanto, o termo Textus Receptus pode igualmente ser aplicado aos textos de Erasmo, Estéfano, Beza e Elzevir.

O Doutor em Filosofia G.R. Berry , em sua introdução ao Novo Testamento Interlinear Grego/Inglês publicado pela Zondervan, refere-se às edições de Estéfano e Elzevir dizendo: “no essencial elas são uma só e a mesma, e qualquer delas pode ser chamada de Textus Receptus.”

O Dr. Eduardo F. Hills afirma; “em toda a sua essência, o primeiro texto do Novo Testamento publicado por Erasmo, e depois por Estéfano (1550) e Elzevir (1633), está em completa harmonia com o texto tradicional (Texto Bizantino), providencialmente preservado na vasta maioria dos manuscritos gregos do Novo Testamento. . . Partindo deste Textus Receptus é que a Versão do Rei Tiago (KJV) foi feita” (Believing Bible Study – pg. 37)

Durante o século dezenove, críticos textuais como Lachmann, Tischendorf, Treguelles, Westcott e Hort, expuseram a teoria de que, sendo recente a vasta maioria dos manuscritos, isto é, datando de após o século nove (apenas 500 ou 1.000 anos de idade), estes manuscritos foram então sujeitos a maiores erros devido aos descuidos dos copistas. Admitindo-se então que cada escriba tenha repetido os erros dos escribas anteriores e, certamente, tenha acrescentado os seus próprios erros.

Alguns também têm presumido que os escribas alteraram a Escritura, quase que voluntariamente, se os seus pontos de vista teológicos diferiam das cópias que eles tinham diante de si. Isto simplesmente não é verdade. Tais declarações ignoram os fatos da Crítica Textual e a providência de Deus na preservação de Sua Palavra. Por exemplo, a mais antiga cópia do texto hebraico do Velho Testamento, datando de cerca de 900 AD. Ainda assim o mesmo texto hebraico foi encontrado entre os manuscritos do Mar Morto datando de cerca de 100 AC – um intervalo de 1.000 anos sem mudança! O mesmo cuidado providencial se aplica ao Novo Testamento da mesma forma que o foi no Velho Testamento.

Westcott e Hort não puderam compreender a razão pela qual os manuscritos alexandrinos não foram copiados em tão grande número como o foram os manuscritos bizantinos. Propuseram a teoria que alguém deve ter produzido [e obrigado a multiplicação e o uso] do Texto Bizantino [e obrigado a destruição de tudo anterior e/ou diferente] mais ou menos no quarto século. Westcott e Hort o chamaram de “Texto Sírio.” Esta teoria não tem absolutamente qualquer fundamento histórico. É produto da imaginação destes, para desculpá-los por rejeitarem a vasta a maioria de manuscritos. Certamente tão grande recensão do texto, se é que houve, teria sido documentada pela história da igreja. Foi assim especialmente quando importantes questões doutrinárias daquele período foram documentadas em considerável detalhes, por exemplo, no Concílio de Nicéia, em 325 AD, que tratou da heresia ariana. A História silencia sobre qualquer revisão do Texto na Síria, Antioquia ou Constantinopla!!

Enquanto Westcott e Hort estavam introduzindo o seu tão citado “texto neutro”, para o Comitê da Versão Revisada, em 1881, o verdadeiro texto estava sendo fortemente defendido por estudiosos como o Deão Burgon e Dr. Scrivener.

Deão Burgon, que pessoalmente [localizou e] acrescentou aproximadamente 400 manuscritos à lista [do catálogo dos manuscritos gregos do Novo Testamento], era um homem de grande habilidade escolástica e intimamente familiarizado com os manuscritos disponíveis. O seu livro 'The Revision Revised' [A Revisão Revisada], é considerado uma obra prima na defesa do Texto Recebido.

Dr. Scrivener passou 40 anos pesquisando manuscritos e na sua época (final do século dezenove) examinou pessoalmente mais manuscritos do que qualquer outro estudioso. Quando a R.V. foi traduzida, Dr. Scrivener, que estava no seu Comitê, travou uma enorme batalha com Westcott e Hort durante 10 anos. Westcott e Hort, que também estavam no Comitê, empenharam-se para incorporar as versões tiradas de uns POUCOS manuscritos antigos, enquanto Scrivener avaliava o testemunho de TODOS os manuscritos. Infelizmente, Westcott e Hort tinham uma solidária maioria, e as decisões eram dadas por votação do Comitê.

OS MANUSCRITOS MAIS ANTIGOS SÃO OS MELHORES?

As seguintes evidências demonstram que:

Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente escritos com maior cuidado.

Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente copiados de um manuscrito superior.

Os manuscritos mais antigos foram sujeitos a maiores deturpações.

Os manuscritos mais antigos estão em contínua discordância entre si.

Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente escritos com maior cuidado.

Aqueles que examinaram os manuscritos mais antigos, demonstram que estes foram escritos sem os devidos cuidados.

Os manuscritos do Novo Testamento em grego estão divididos em dois grupos: MAIÚSCULOS e CURSIVOS. Os maiúsculos são aqueles escritos em letras maiúsculas, enquanto que os cursivos são escritos em letras minúsculas. Os manuscritos maiúsculos são geralmente considerados mais antigos do que os cursivos, embora os escritos cursivos fossem conhecidos em épocas anteriores ao cristianismo.

Manuscritos MAIÚSCULOS são geralmente nomeados com letras maiúsculas do nosso alfabeto, e são referidos como Códice A, Códice B, etc.

Cinco dos mais antigos códices são: Aleph, A, B, C e D; e é sobre a evidência destes, e sobre tão diminuto grupo de aliados, que os textos gregos de Lachmann 1842-50; Tischendorf 1865-72; Treguelles 1857-72; Westcott e Hort 1881 se apóiam.

De fato, Westcott e Hort, que exerceram domínio sobre o Comitê da Versão Revisada de 1881, aceitaram o que eles chamaram de texto neutro. Apenas os Códices Aleph e B, na opinião deles, preservam este texto na sua mais pura forma. Destes dois, quando há divergência entre eles, então o Códice B é preferido em relação ao Aleph, no qual “os escribas de uma forma atrevida e grotesca, cometeram os erros mais ordinários e em número maior, em relação ao Códice B, devido a transcrição feita às pressas e sem cuidado .” (Scrivener, pg. 289, Volume II).

Mas com que grau de cuidado foram escritos estes extraordinários MAIÚSCULOS, sobre os quais estão baseadas as nossas versões modernas? Vejamos o caso dos Aleph, B e D.

Códice Sinaítico (Aleph) (quarto século) - “Devido ao número de erros, não podemos afirmar que foi escrito cuidadosamente. De uma maneira abrangente o manuscrito está desfigurado por correções. Algumas poucas feitas pelo escriba original; um número bem grande pela mão de alguém com um elegante estilo, do sexto século, cujas emendas são de grande importância; mais algumas, novamente, foram feitas por mais alguém um pouco depois; o maior número delas, por um estudioso do sétimo século, que sempre cancela as alterações feitas pelo retificador do sexto século; outras, feitas por uns oito escritores diferentes, mais tarde.” (Scrivener, pg. 93, Vol. I)

Códice Vaticano (B) (quarto século) - “Um traço característico deste é o grande número de omissões, que induziram Dr. Dobbin a falar dele como um texto abreviado do Novo Testamento. Ele calculou que palavras inteiras, ou partes de frases, foram omitidas em número não menor do que 2.556 vezes.” (Scrivener, pg. 120, Vol. I)

Isto explica o fato pelo qual as versões modernas omitiram tanto da escritura – um fato que nem sempre é aparente, devido à prática de agrupamento de versículos.

Também explica as acusações feitas por alguns críticos, de que o Texto Recebido é produto de uma conflação (isto é, expandido pela inclusão de leituras de fontes diferentes). Uma vez que o Códice B [Vaticano] é tido como autoridade final, qualquer texto que não mantenha as omissões do B, deve ser produto de uma conflação. . . mas somente se comparado ao B!

Códice Beza Greco-Latino (D) (quinto ou sexto século) - “O manuscrito sofreu correções, primeiro pela mão do escritor original, e depois por 8 ou 9 revisores.” E novamente: “Nenhum manuscrito conhecido contém tantas interpolações de caráter atrevido e extenso (600 só no livro de Atos), onde estas absolutamente não têm apoio, especialmente das versões Antiga Latina e Siríaca Curetoniana.” (Scrivener, pgs. 128 e 130, Vol. I)

A Versão Curetoriana é reconhecida como uma adulteração da Versão Siríaca, enquanto que a Peshita do segundo século, conhecida como a “Rainha das Versões”, era a versão siríaca comumente aceita. A Peshita está em concordância com os manuscritos gregos mais recentes, e provê um elo vital entre o texto usado pelos Pais da Igreja primitiva e o Texto Recebido.

Tem sido sugerido pelo Dr. Rendel Harris, que o Códice D possa ter sido uma tradução vertida para o grego, a partir de uma tradução latina.

Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente copiados de um manuscrito superior.

Os manuscritos foram escritos a mão em vários materiais até o século quinze. (A imprensa foi inventada em 1450 AD). Muitos manuscritos foram escritos em pergaminho. Este era uma fina pele de cabra, bezerro ou antílope, e era extremamente durável. Cópias em condições bem razoáveis estão disponíveis hoje, embora sejam datadas como sendo do ano 350AD, isto é, com 1.600 anos! Desde que os impressos substituíram as cópias feitas a mão, no século quinze, podemos presumir que até mesmo os manuscritos mais recentes têm pelo menos 500 anos de idade, enquanto que muitos, desde os anos 900 AD, têm aproximadamente 1.100 anos!

A expectativa de vida de um manuscrito era bem maior do que nossos livros de papel. Muitos livros com 70 anos de idade hoje, atingiram uma condição de deterioração tamanha, que não podem ser lidos sem que danos lhe sejam causados.

Se a vida média de um manuscrito de pergaminho é de 350 anos, (apenas para fins de cálculo) só precisaríamos de quatro cópias, no máximo, desde os dias dos apóstolos até o advento da imprensa.

Por isso, não segue-se automaticamente que, um manuscrito feito em 350 AD, tenha sido copiado de um manuscrito mais antigo do que outro feito em 500 AD.

Além do mais, uma diferença de 200 anos na idade dos manuscritos, não é substancial quando sabemos que as avaliações de idade são apenas baseadas na estimativa dos estudiosos, que às vezes apresentam uma grande discrepância.

O estilo de escrita é o principal critério para datação: “O estilo de escrita adotado em manuscritos. . .fornece o mais simples e seguro critério para aproximação da data dos documentos.” (Scrivener, pg. 29, Vol. I). Devemos nos lembrar que a prática da datação de manuscritos não começou até o décimo século, de maneira que a idade de todos os manuscritos anteriores a este período, na maior parte são feitas por estimativa, principalmente levando em conta as mudanças de estilo.

As dificuldades encontradas pelos estudiosos para colocar uma data precisa em um manuscrito são ilustradas pela seguinte citação: “Os papiros Herculanos, enterrados de 79AD em diante, PODEM PROVAVELMENTE AINDA SER CEM ANOS MAIS VELHOS. . . por esta razão trezentos a quatrocentos anos decorreram entre a data dos rolos Herculanos e a data dos mais antigos manuscritos bíblicos (N.T.) NO ENTANTO, O MODO DE ESCRITA MUDOU MUITO POUCO DURANTE ESTE INTERVALO DE TEMPO!” (Scrivener, pg. 33, Vol. I).

Enquanto alguns peritos estimam a data de Isaías A dos Manuscritos do Mar Morto, como sendo do primeiro ou segundo século antes de Cristo, G.R. Driver contesta que eles são de aproximadamente 73 AD. . .uma diferença de 248 anos.

Levando em conta os diferentes estilos dos escribas, devemos então concordar que a datação de manuscritos antigos são extremamente difíceis. Talvez uma tolerância de +100 anos seja razoável em muitos casos.

Os manuscritos mais antigos foram sujeitos a maiores deturpações.

As diferenças nos manuscritos são classificadas em categorias bem definidas. A maioria delas constitui-se de deslizes de pequena monta, como erros de soletração, pontuação, omissão de uma palavra ou linha, troca de palavras de som idêntico, transposição, etc. Apenas alguns dos aproximadamente 5.000 manuscritos pode-se dizer que foram deturpados deliberadamente.

Depois de classificar 18 das 20 maneiras que os manuscritos variam, Dr. Scrivener diz: “A grande maioria de várias leituras que tentamos classificar até agora, são devidas claramente à mera fragilidade humana, e certamente não podem ser imputadas a qualquer intenção deliberada dos copistas de adulterar o texto da Escritura.

A escola alexandrina, entretanto, é famosa como uma das maiores fontes de adulteração, sendo a influência alexandrina a que permeia alguns dos mais antigos manuscritos (particularmente o Vaticano B, e o Sinaítico Aleph), sobre os quais as versões modernas estão baseadas.

Scrivener declara: “não é menos verdade o fato do que conta-senso se ouvir, que as piores adulterações a que jamais foi submetido o Novo Testamento, originaram-se dentro do período de 100 anos depois que este foi composto; e que Irineu e os Pais Africanos, e todo o ocidente, com parte da igreja siríaca, usaram manuscritos bem mais inferiores do que aqueles empregados por Estunica, Erasmo ou Estéfano, treze séculos mais tarde, quando formavam o Texto Recebido.”

Pela ciência da crítica textual é possível identificar aonde ocorreram os deslizes dos copistas. Isto é feito comparando os documentos disponíveis. A probabilidade de todos os copistas escreverem as mesmas palavras incorretamente, omitirem a mesma linha, palavra ou verso, é extremamente remota. Especialmente quando constatamos que os manuscritos variavam em tamanho e no número de colunas empregados. Então os finais de linha seriam diferentes, e as mesmas armadilhas visuais não se aplicariam a cada escriba. Muitos deslizes também poderiam ser detectados pelos escribas subseqüentes, e corrigidos depois da comparação com outros manuscritos.

O único método seguro da crítica textual então, é usar TODOS os manuscritos, independentemente de data, e não se limitar a uns POUCOS manuscritos antigos.

Os manuscritos mais antigos estão em contínua discordância entre si.

Se houvéssemos de acreditar que os manuscritos tornaram-se mais corrompidos a cada cópia que era feita, era de se esperar que os mais antigos fossem os melhores e que devessem também estar em maior harmonia entre si.

O FATO É QUE NÃO ESTÃO – como mostrará a seguinte declaração: “Descobrir que nos dois manuscritos (Códice B e Códice Aleph) é mais fácil encontrar dois versículos consecutivos diferentes um do outro, do que dois versículos consecutivos nos quais estes concordem inteiramente, – não deveria este fato, pergunta D. Burgon, afetar sensivelmente a nossa opinião sobre o valor de suas evidências? . . . Em cada ocasião específica, somente um deles pode possivelmente estar falando a verdade. Serei eu tido como irracional, se eu confessar que essas perpétuas inconsistências entre os Códices B e Aleph – graves inconsistências e ocasionalmente até grosseiras – destroem inteiramente a minha confiança em ambos?

Ou como Scrivener escreve:

O ponto sobre o qual nós insistimos é apenas este: que a evidência das autoridades antigas pode ser tudo, menos unânime; que estão perpetuamente variando entre si, mesmo se limitarmos o termo 'antigas' aos mais estreitos significados. Não deveria se incluir, entre os manuscritos dos Evangelhos, nenhum outro senão as cinco mais antigas cópias dos Códices Aleph, A B C D? Tudo que o leitor tem de fazer é abrir as primeiras obras da crítica que encontrar, e constatar que elas raramente estão em concordância entre si, e perpetuamente divididas, duas contra três, ou talvez quatro contra uma.”

As seguintes ilustrações de Kirsopp Lake e seus associados (1928), demonstram que os Códices Aleph, B e D estão em maior discordância entre eles mesmos, do que com o Texto Recebido.

Só em Marcos capítulo II --

Aleph, B e D diferem do Texto Recebido 69, 71 e 95 vezes respectivamente. B difere de Aleph 34 vezes; B difere de D 102 vezes; D difere de Aleph 100 vezes.

Hoskier, que estudou as diferenças entre os textos de Aleph e B, lista as seguintes diferenças nos 4 Evangelhos:

Mateus 656 diferenças; Marcos 567 diferenças; Lucas 791 diferenças; João 1.022 diferenças.

Total dos quatro Evangelhos: 3.036 diferenças.

Sob a luz dos fatos mostrados acima, está claro que nós não podemos ter confiança em qualquer versão moderna, ou texto grego, que rejeita o testemunho da concordância da vasta maioria dos manuscritos, em favor de um pequeno grupo de antigas, porém discordantes testemunhas.

DUAS CORRENTES DE MANUSCRITOS SEMPRE EXISTIRAM:

Os seguintes comentários servem para mostrar que a reinvidicação de alguns tradutores modernos e paráfrases, de que os mais antigos manuscritos são os melhores, estão da mesma forma baseados em um fundamento errado.

O Dr. Otis Fuller, no seu livro “WHICH BIBLE?” [QUAL BÍBLIA?], mostrou que cristãos de todas as épocas reconheceram que duas correntes de manuscritos sempre existiram:

A corrente turva do texto adulterado, incluindo a família Ocidental (caracterizada por interpolações), e a família Alexandrina (caracterizada por omissões), têm fluído por canais como Orígenes (que negou a divindade de Cristo); Eusébio, Jerônimo (que produziu a Vulgata Latina); e no último século, através de Lachmann, Tischendorf, Tregelles, Westcott e Hort.

A corrente pura do Novo Testamento tem fluído até nós pelo Texto Recebido, sobre o qual o Dr. Otis Fuller nos diz: “tinha autoridade suficiente para tornar-se, tanto em si mesmo, como em sua tradução, a Bíblia da grande igreja da Síria; da igreja dos Valdenses do norte da Itália; da igreja dos Gauleses do sul da França; da igreja celta na Escócia e Irlanda; como também da Bíblia oficial da igreja grega (TEXTO BIZANTINO).” Os reformadores adotaram firmemente o Texto Recebido; a versão alemã de Lutero, e a magnífica tradução inglesa de Tyndale, foram feitas a partir do Texto Recebido. Quando 47 estudiosos fizeram a Versão Autorizada em 1611, o Texto Recebido foi usado por divina providência.

As descobertas de manuscritos desde 1611, NÃO alteraram o quadro. O número aumentou de 3.791 em 1881, e desde então para cerca de 5.000, MAS AINDA ASSIM 90% CONCORDAM COM O TEXTO RECEBIDO!

J. Ecob, 12 Ningoola Way, Orange N.S.W. 2800, Australia


Apresentação acerca do Texto Crítico
(Primeira Parte)
Papiro 1




O leitor que hoje em dia folheia as páginas do Novo Testamento, numa das edições modernas da Bíblia, encontra um texto que está claro, tanto do ponto de vista tipográfico quanto do ponto de vista do estilo, e não pode dar-se conta da diversidade e complexidade dos documentos que formam a base do texto impresso, nem das enormes dificuldades vencidas, no decorrer da publicação, com a decifração e apreciação desses documentos de base.




Capítulo 1

Os documentos de base


Não temos documento original do Novo Testamento, mas somente cópias. Os manuscritos completos mais antigos que possuímos não remontam além do século IV. Deixando à parte fragmentos mais antigos, cerca de 300 anos, portanto, separam a redação original do texto conservado.

Tal espaço de tempo poderia fazer-nos duvidar da autenticidade estrita desses textos. De fato, de cópia em cópia, lograram introduzir-se deformações e impor-se erros. Contudo, não se deve esquecer que o Novo Testamento, desde que foi reconhecido como Sagrada Escritura, foi recopiado com a minuciosidade escrupulosa que inspira o respeito das coisas sagra das. Também é preciso considerar que a distância entre o original e o primeiro texto conservado é, abstraindo de fragmentos, muito menor para os escritos do Novo Testamento do que para os outros escritos da Antigüidade. Por exemplo, o manuscrito mais antigo da obra de Esquilo (525-456 a.C.) data apenas do ano 1000, aproximadamente.

As condições de transmissão do texto não são, portanto, tão desfavoráveis quanto poderia parecer à primeira vista e não poderiam justificar um ceticismo exagerado da parte dos historiadores.

Outro problema é avaliar a distância que separa a redação dos escritos do Novo Testamento dos acontecimentos que eles testemunham; trataremos disso na segunda parte desta obra, com referência a cada um desses 27 escritos. Começaremos por uma classificação dos documentos de base.

Os manuscritos

Os manuscritos do Novo Testamento podem ser classificados segundo a matéria que os compõe ou segundo os caracteres da escrita. Essa classificação ajuda a datá-los.

Esses manuscritos são papiros ou pergaminhos.

Papiro 2

Um papiro é constituído por tiras de medula do papiro (uma espécie de caniço com caule triangular, da família das ciperáceas, da grossura de mais ou menos um braço e de 2,5 m a 5 m de altura). Cortadas em finas talas e colocadas em camadas cruzadas, essas tiras formam folhas que são, em seguida, fixadas umas após as outras e enroladas em torno de uma vara. O rolo assim formado se chama, em grego, de biblos (daí a palavra “Bíblia”) e pode ter até 10 m de comprimento.

Os papiros do Novo Testamento são os mais antigos documentos de base que possuímos: em sua maioria datam do século 111 (um papiro descoberto em 1935 deve até ser datado do começo do século 11). Se bem que nos transmitam apenas fragmentos de textos, esses documentos são testemunhas preciosas do texto, justamente em razão de sua antigüidade. Eles existem atualmente em número de 72, designados nas edições criticas por P1 P2 etc.

Um pergaminho é uma pele, ordinariamente de ovelha, cabra ou bezerro, tratada e cortada em folhetos (a palavra “pergaminho” se originaria da cidade de Pérgamo): estes são postos um em cima do outro para formar não um rolo, mas um volume (em grego: teuchos, donde vem a palavra “Pentateuco” para designar os cinco primeiros livros do Antigo Testamento).

Os pergaminhos trazendo textos do Novo Testamento datam só do século IV, no máximo, mas apresentam-nos, geralmente, textos completos do Novo Testamento. O princípio e o fim do texto faltam às vezes, em conseqüência da deterioração, fácil de imaginar, dos folhetos da capa.

Todos esses documentos estão escritos em grego, mas num grego que não é mais o grego clássico: a morfologia é simplificada e deformada, a sintaxe é freqüentemente irregular e o vocabulário evoluiu sob diversas influências, por exemplo, a da língua hebraica. (Esse grego, comumente falado em todo o Império, é denominado koiné: língua comum).

Os manuscritos mais antigos do Novo Testamento são escritos em letras maiúsculas ou “unciais”. Atualmente seu número é de 242. As edições criticas os designam por letras maiúsculas ou números precedidos por zero.

Os manuscritos em letras minúsculas (conhecemos hoje 2.570) datam no máximo do século IX. Entretanto, não devem ser negligenciados, por que os copistas dos séculos IX, X, XI recopiavam possivelmente manuscritos em maiúsculas muito mais antigos, que não possuímos mais. As edições criticas os assinalam por algarismos arábicos.

Todos esses manuscritos são bastante difíceis de ler. As palavras, as frases e os parágrafos não são separados por espaço algum, e não encontra mos nem acento nem sinal de pontuação.

Esses textos apresentam variantes entre si. Estas resultam ora de erros involuntários: o copista saltou uma palavra, ou, ao contrário, a escreveu duas vezes em seguida, ou, ainda, toda uma parte de uma frase é omitida por descuido, porque se achava colocada, no manuscrito a ser recopiado, entre duas palavras idênticas. Ora se trata de correções voluntárias: ou o copista tomou a liberdade de corrigir o texto segundo suas idéias pessoais, ou procurou harmonizar o texto que copiava com um texto paralelo para reduzir, mais ou menos habilmente, as divergências. A medida que os escritos do Novo Testamento se destacarão do resto da literatura cristã primitiva e serão considerados Escritura Sagrada, os copistas hesitarão mais em se permitirem tais correções em seus predecessores: crêem recopiar o texto autêntico e fixarão assim as variantes. Ora, enfim, um copista anota o texto à margem para explicar uma passagem obscura. O copista seguinte, pensando que tal frase que ele acha escrita à margem fora esquecida nessa passagem por seu antecessor, julga necessário reintroduzir essa anotação marginal no texto. Assim acontece que o novo texto às vezes se toma mais obscuro ainda.

A apreciação das variantes é delicada. Um dos princípios norteadores dessa avaliação é aquele da lectio difficilior da leitura mais difícil: entre duas “versões” do mesmo texto, a versão mais difícil a admitir, seja por causa de sua forma gramatical irregular, seja por causa das idéias que exprime, tem probabilidade de ser a versão autêntica, pois as correções dos copistas vão sempre no sentido de uma eliminação ou de uma redução dos elementos incompreensíveis, suspeitos ou chocantes do texto. Resta, enfim, a idade dos manuscritos, que igualmente intervém na apreciação das variantes.

Seis manuscritos em maiúsculas são muito importantes: o VaticanusTrecho do Códex Vaticanus

(designado por “B” nas edições criticas), assim chamado porque é conser vado na biblioteca do Vaticano. Com data do século IV, é o mais antigo de todos os manuscritos sobre pergaminho. O Sinaiticus

Trecho do Códex Sinaiticus

(designado por “a”), descoberto num convento do Sinai, no século XIX, vendido em 1933 pelo governo soviético ao British Museum em Londres, também deve datar do século IV. O Alexandrinus

Trecho do Códex Alexandrinus

(designado por “A”), trazido da Alexandria à Inglaterra no século XVIII e igualmente conservado no British Museum, data do século V. O Codex Ephrem (designado por “C”) é um “palimpsesto”, o que quer dizer que o texto primitivo, um manuscrito do Novo Testamento, com data do século V, foi apagado no século XII por um copista que se serviu do pergaminho para nele copiar tratados de Efrem da Síria.

Trecho do Códex de Efrem (um palimpsesto) Clique na Imagem pra vê-la ampliada, percebendo um pouco os textos raspados por trás do texto reescrito

Felizmente, o texto primitivo não desapareceu inteiramente e ainda pode ser lido sob o texto medieval por olhos peritos (trabalho penoso, facilitado hoje em dia pelos processos técnicos modernos). Este manuscrito é conservado em Paris, na Biblioteca Nacional. Esses quatro primeiros manuscritos não diferem entre si a não ser em pormenores.

Dois outros manuscritos (designados por “D”) apresentam, juntamente com os quatro precedentes, um grande número de variantes e particularmente notóri as. Datam, ambos, do século VI. O primeiro: o Codex Bezae Cantabrigiensis

Trecho do Códex Bezae

deve seu nome ao fato de ter pertencido, assim como, aliás, também o segundo, a Teodoro de Beza, amigo de Calvino, e que, em 1581, seu proprietário ofertou a Cambridge. Escrito sobre duas colunas, a primeira contendo o texto grego e a segunda a tradução latina, oferece somente os quatro evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos. Um exemplo do interesse das variantes do Codex Cantabrigiensis é fornecido por aquela palavra de Jesus que só este manuscrito traz: “No mesmo dia, Jesus viu alguém que trabalhava no dia de sábado, e disse- lhe: Homem, se tu sabes o que fazes, és bem-aventurado. Se não o sabes, és maldito e és um transgressor da Lei!” (Lucas 4.5). O segundo manuscrito, que contém as epístolas e é inteiramente semelhante àquele de Cambridge, tira seu nome do lugar de seu descobrimento: Clermont. O Codex Claromontanus

Trecho do Códex Claromontanus

é conservado hoje na Biblioteca Nacional de Paris.

As traduções

Vem a seguir uma série de documentos, constituída pelas antigas traduções. Elas apresentam a grande vantagem de ser mais antigas que os manuscritos gregos que possuímos. De fato, certas traduções que datam do século II foram feitas com base em manuscritos hoje perdidos e mais antigos do que aqueles que acabamos de mencionar. Elas estão, portanto, cronologicamente, mais próximas do original do que estes.

Uma tradução bem conhecida no Ocidente é a tradução latina feita por São Jerônimo no século IV, que se chama a Vulgata. Mas, além disso, também possuímos um bom número de manuscritos (cerca de 44) de traduções latinas anteriores à Vulgata e, portanto, mais preciosas que esta, às quais se deu o nome coletivo de Vetus Itala. (Nas edições criticas, elas são designadas por letras minúsculas).

As traduções sirícas devem seu interesse excepcional não somente à idade antiga, mas ao fato de que o siríaco é uma língua próxima do aramaico palestinense usado por Jesus e pelos que o cercavam. Diversos autores do Novo Testamento escreveram em grego o que pensavam em aramaico, e as traduções siríacas podem ajudar-nos, em certos casos, a compreender melhor o que quiseram dizer. A tradução siriaca mais afamada é a Peschitta (= simples) do século V (sigla: sy mas são conhecidas também duas que, sendo mais antigas, têm maior valor: Syra sinaítica (sy’) e a Syra Cureton (syc).

Restam, enfim, as traduções coptas (o copta era a língua dos cristãos do Egito), dignas de grande atenção. Algumas entre elas foram descobertas recentemente.

As citações

Um terceiro grupo de documentos é formado pelas citações do texto do Novo Testamento, que estão esparsas nos escritos dos Pais da Igreja. Raras no século II, seu número vai crescendo desde que o Novo Testamento, reconhecido como Escritura Sagrada, impôs uma autoridade absoluta.

Essas citações, que têm a vantagem de nos indicar o lugar de difusão de tal forma do texto, devem, no entanto, ser manejadas com precaução num trabalho crítico. Quando, efetivamente, uma citação feita por um Pai da Igreja difere do texto do Novo Testamento em uso no país onde este vive, essa diferença não indica forçosamente uma verdadeira variante, testemunha de um manuscrito que nos seria desconhecido, mas pode simplesmente vir de uma citação feita de memória.

Capítulo 2

Classificação dos documentos de base:

As “famílias de textos”

Confrontando o conjunto dos documentos que acabamos de enumerar, os críticos que, a partir do século XIX, se ocupam com este gênero de pesquisas constataram que as mesmas variantes se reproduzem em toda uma série de manuscritos, de idade e procedência bem diversas. Era, pois, necessário supor que esses manuscritos derivassem de um tipo comum. Dessa maneira podem se estabelecer diversas famílias de textos, obtendo as seguintes:

1) O texto chamado siríaco, representado pela grande maioria dos manuscritos antigos. Este texto muito adulterado, resultado das revisões de um texto mais antigo, é o pior de todos. Largamente difundido na Europa a partir do século XVI, graças à imprensa, ele veio a ser, em toda parte, o texto “recebido” (textus receptus)

2) O texto chamado ocidental, cujo nome não é inteiramente correto é originário da região da Antioquia. A partir dali, já antes do século III, atravessou, sem dúvida, toda a cristandade, seguindo as estradas comerciais para fixar-se no Ocidente, notadamente em Roma, onde era conhecido de Justino Mártir, em Lião, para onde foi levado por Irineu, e na Africa. O Codex Cantabrigiensis, o Codex Claromontanus, versões latinas de Pais ocidentais são as testemunhas mais representativas dessa família. Apesar de uma certa tendência à paráfrase secundária, não devem ser eliminados quando se trata de estabelecer o texto primitivo.

3) O texto chamado neutro, assim denominado porque ele se conservou relativamente independente das alterações posteriores e se caracteriza por uma pureza bastante grande. É representado, sobretudo, pelo Vaticanus, e pelo Sinaiticus. Durante sua estada em Alexandria, ele sofreu retoques no sentido de uma maior correção para dar origem ao texto chamado “alexandrino”, que apenas é uma variante do neutro.

Se bem que essa classificação nos permita formar um juízo a priori sobre o valor das variantes, cada caso deve ser objeto de um exame parti cular, que deve levar em conta o conjunto das variantes.


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